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Os pre-reformadores

Os pre-reformadores

                                                               Os pré-reformadores


O período da Igreja, vivido pelos préreformadores, ficou conhecido como a fase da “Igreja Deformada”. Nesse ínterim, surgiram homens que exerceram grande influência sobre os reformadores. John Tauler foi um deles. E alguns consideram que ele foi protestante antes mesmo do protestantismo.

 

John Tauler (1300-1361)

Tauler nasceu na cidade de Strasbourg Alemanha por volta de 1300. Entrou para a ordem dominicana local aos quinze anos de idade, onde deve ter recebido uma Mas não importa muito a natureza de sua formação, sua compreensão das realidades teológicas era profunda e por volta de 1325 foi ordenado padre dominicano.

Uma razão para sua imensa popularidade em vida deve ter sido o fato que viajou muito. Em 1339 sua comunidade foi forçada a deixar Strasburg para Basle devido a uma interdição papal a esta cidade. Ele optou por ser leal ao imperador em sua disputa com o Papa João XXII.

Só em 1498 seus sermões forma publicados em Leipzig, sendo a tradução latina de Laurentius Surius, impressa em Colônia em 1548, a que difundiu seu pensamento.

A edição impressa em Augsburg em 1508 foi lida Lutero. Ele referia-se a sua teologia, similar a dos antigos, em carta a Spalatin em 1516. Ele admirava sua defesa de uma completa submissão à vontade de Deus e suas notas sobre os sofrimentos que atormentam as almas devotas.

O fundamento, para Tauler, é a essência de nossa alma e é o lugar onde vamos ter contato direto com a Divindade. Enfatiza que neste nível profundo somos guiados por uma fome insaciável por Deus e uma predisposição para recebê-lo. Os textos enfatizam também que devemos abandonar o egoísmo e nossa vontade própria se queremos nos unir a Deus, e Tauler dá a maior relevância ao papel de Cristo neste processo. A atitude que devemos aprender é essencialmente a passividade, deixando Deus trabalhar em nós.

De fato, em geral Tauler creditava o imenso valor espiritual das tribulações diárias, e como estas servem para distinguir a verdadeira da falsa testemunha. Tauler demonstra uma grande compreensão de nossos períodos de fraqueza e falha.

Ele adoeceu em 1360, sendo tratado por sua irmã. Morreu em 16 de junho de 1361. Seu túmulo pode ser visitado na igreja luterana em Strasburg, construída na local da antiga igreja dominicana, que foi destruída por um incêndio em 1870.

Lutero, entendeu a doutrina da justificação por meio das Sagradas Escrituras, mas foram os escritos de Tauler que corroboraram para que isso fosse possível. A influência principal dos escritos de Tauler ocorreu por conta de sua sistematização empenhada nessa doutrina: a justificação.

Os considerados pré-reformadores foram intelectuais que manifestaram suas insatisfações espirituais por não encontrarem na igreja romana, espaço para que pudessem exercitar sua fé. Essas insatisfações não tinham por objetivo criar uma nova igreja, mas, sim, fazer que a igreja romana voltasse à orientação da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Dessa maneira, a Reforma deve ser vista como um movimento interno por parte de “católicos” comprometidos com a Palavra de Deus.

Inicialmente, a Reforma tratou-se de um manifesto popular e, num segundo momento, esse manifesto foi incorporado à erudição dos intelectuais John Wycliff, John Huss e William Tyndale.

 

   

                John Wyclif (1320 ou 1328 - 1384)

 

Sua família era tradicional na região de Yorkshire, seu local de nascimento. Não há certeza sobre o ano de seu nascimento,  há variações de 1320 a 1328.

Na universidade, Wyclif aplicou-se nos estudos de teologia, filosofia e legislação canônica. Tornou-se sacerdote e depois serviu como professor no Balliol College, ainda em Oxford. Por volta de 1365 tornou-se bacharel em teologia e, em 1372, doutor em teologia.

Como teólogo, logo destacou-se pela firme defesa dos interesses nacionais contra as demandas do papado, ganhou reputação de patriota e reformista. Wyclif afirmavou que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser, por isso defendia reformas. Suas ideias apontavam a contradição entre várias normas do clero e os ensinos de Jesus e seus apóstolos.

Uma destas contradições era a questão das propriedades e da riqueza do clero. Wyclif queria o retorno da Igreja aos primitivos tempos dos evangelistas, algo que, na sua visão, era incompatível com o poder temporal do papado e dos cardeais. Logo, a cátedra deixou de ser o único meio de propagação de suas ideias, ao iniciar a escrita de seu trabalho mais importante, a Summa theologiae. Entre as ideias mais revolucionárias desta obra, está a afirmação de que, nos assuntos de ordem material, o rei está acima do papa e que a Igreja deveria renunciar a qualquer tipo de poder temporal. Sua obra seguinte, De Civili Dominio, aprofunda as críticas ao Papado de Avignon (onde esteve a sede da Igreja romana entre 1309 até 1377), com seu sistema de venda de indulgências e a vida mundana e luxuosa de padres, bispos e religiosos sustentados com dinheiro do povo. Wyclif defendia que era tarefa do Estado lutar contra o que considerava abusos do papado. A obra contém 18 teses, que vieram a público em Oxford em 1376.

Suas ideias espalharam-se com grande rapidez, em parte pelos interesses da nobreza em confiscar os bens então em poder da igreja. Wyclif pregava nas igrejas em Londres e sua mensagem era bem recebida.

Apesar de sua crescente popularidade, a igreja apressou-se em censurar Wyclif. Em 19 de fevereiro de 1377, Wyclif é intimado a apresentar-se diante do bispo de Londres para explanar-lhe seus ensinamentos. Compareceu acompanhado de vários amigos influentes e quatro monges foram seus advogados. Uma multidão aglomerou-se na igreja para apoiar Wyclif e houve animosidades com o bispo. Isto irritou ainda mais o clero e os ataques contra Wyclif se intensificaram, acusando-o de blasfêmia, orgulho e heresia. Enquanto isso, os partidos no Parlamento inglês pareciam convictos de que os monges poderiam ser melhor controlados se fossem aliviados de suas obrigações seculares.

É importante lembrar que, nesse período, desenrolava-se a Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra. Na Inglaterra daquele tempo, tudo que era identificado como francês era visto como inimigo e nessa visão se incluiu a Igreja, pois havia transferido sua sede de Roma para Avignon, na França. A elite inglesa (realeza, parlamento e nobreza) reagia à ideia de enviar dinheiro aos papas, Wyclif desfrutou quase imediatamente de grande apoio, não apenas político, como também popular, despertando o nacionalismo inglês.

Em 22 de maio de 1377, o Papa Gregório XI, que em janeiro havia abandonado Avignon para retornar a sede da Igreja a Roma, expediu uma bula contra Wyclif, declarando que suas 18 teses eram errôneas e perigosas para a Igreja e o Estado. O apoio de que Wyclif desfrutava na corte e no parlamento tornaram a bula sem efeito prático, pois era geral a opinião de que a Igreja estava exaurindo os cofres ingleses.

Ao mesmo tempo em que defendia que a Igreja deveria retornar à primitiva pobreza dos tempos apostólicos, Wyclif também entendia que o poder da Igreja devia ser limitado às questões espirituais, sendo o poder temporal exercido pelo Estado, representado pelo rei. Seu livro De Officio Regis defendia que o poder real também era originário de Deus, encontrava testemunho nas escrituras sagradas, quando Cristo aconselhou “dar a César o que é de César”. Era pecado, em sua opinião, opor-se ao poder do rei e todas as pessoas, inclusive o clero, deveriam pagar-lhe tributos.

O rei deve aplicar seu poder com sabedoria e suas leis devem estar de acordo com as de Deus. Das leis de Deus se deriva a autoridade das leis reais, inclusive daquelas em que o rei atua contra o clero, porque se o clero negligencia seu ofício, o rei deve chama-lo a responder diante de si. Ou seja, o rei deve possuir um “controle evangélico” e quem serve à Igreja deve submeter-se às leis do Estado. Os arcebispos ingleses deveriam receber sua autoridade do rei (não do papa).

Este livro teve grande influência na reforma da Igreja, não apenas na Inglaterra, que sob Henrique VIII passaria a ter a igreja subordinada ao Estado e o rei como chefe da Igreja, mas também na Boêmia e na Alemanha. Especialmente interessantes são também os ensinamentos que Wyclif endereça aos reis, para que protejam seus teólogos. Ele sustentava que, já que as leis do rei devem estar de acordo com as Escrituras, o conhecimento da Bíblia é necessário para fortalecer o exercício do poder real. O rei deveria cercar-se de teólogos para aconselha-lo na tarefa de proclamar as leis reais.

Os escritos de Wyclif em seus seis últimos anos incluem contínuos ataques ao papado e à hierarquia eclesiástica da época. Nem sempre foi assim, entretanto. Seus primeiros escritos eram muito mais moderados e, à medida que as relações de Wyclif com a Igreja foram se deteriorando, os ataques cresceram em intensidade.

Na questão relacionada ao cisma da Igreja, com papas reivindicando em Roma e Avignon a liderança da Igreja, Wyclif entendia que o cristão não precisa de Roma ou Avignon, pois Deus está em toda parte. “Nosso papa é o Cristo”, sustentava. Em sua opinião, a Igreja poderia continuar existindo mesmo sem a existência de um líder visível, por outro lado os líderes poderiam surgir naturalmente, desde que vivessem e exemplificassem os ensinamentos de Jesus.

 “A verdadeira autoridade emana da Biblia, que contém o suficiente para governar o mundo”, cita Wyclif em seu livro De sufficientia legis Christi. Wyclif afirmava que na Bíblia se encontra a verdade, a fonte fundamental do Cristianismo e que, por isso, sem o conhecimento da Bíblia não haveria paz na Igreja e na sociedade. Com isso, contrapunha a autoridade das escrituras à autoridade papal: “Enquanto temos muitos papas e centenas de cardeais, suas palavras só podem ser consideradas se estiverem de acordo com a Bíblia”. Idêntico princípio seguiria Lutero mais de 100 anos depois, ao liderar a Reforma Protestante.

Wyclif acreditava que a Bíblia deveria ser um bem comum de todos os cristãos e precisaria estar disponível para uso cotidiano, na língua nativa das populações. Apesar do empenho da hierarquia eclesiástica em destruir as traduções em razão do que consideravam como erros de tradução e comentários equivocados, ainda existem ao redor de 150 manuscritos, parciais ou completos, contendo a tradução em sua forma revisada. Disso podemos inferir o quão difundida essa tradução foi no século XV, razão pela qual os partidários de Wyclif eram chamados de “homens da Bíblia” por seus críticos. Assim como a versão de Lutero teve grande influência sobre a língua alemã, também a versão de Wyclif influenciou o idioma inglês, pela sua clareza, força e beleza.

Também na mesma época, refutou a doutrina católica da transubstanciação, evidenciando que o padre não podia reter a salvação das pessoas por ter em suas mãos o "corpo e o sangue de Cristo" na comunhão.

Ele condenou o dogma do purgatório, uso de relíquias, romarias, venda de indulgências e o ensino da infalibilidade papal. Todos os seus ensinos foram condenados em Londres, em 1382, e foi obrigado a se retirar para seu pastorado em Lutterworth.

A partir de 1381 até sua morte, Wycliff dedicou-se ao estudo das Escrituras e a escrever algumas obras muito importantes que defendiam a veracidade da Palavra de Deus, além da tradução da Bíblia.  As habilidades de Wycliff influenciaram na preparação do caminho para a reforma na Inglaterra. Em 1384, ele morre de derrame.

Como não seria diferente, Wycliff depois de morto, também foi condenado como herege pelo mesmo Concílio, e 45 de seus ensinamentos foram tidos como heresias. Por causa disso, a Igreja Romana deu ordem para cavar sua sepultura, queimar os seus ossos, e lançar suas cinzas no rio Swift em 1428. O mesmo modo de operação dos pagãos em perseguição aos verdadeiros cristãos. “Lemos na História Eclesiástica de Eusébio, escrita em grego e traduzida para o latim por Rufino, o seguinte acontecimento: na Gália, os corpos dos mártires de Lyon foram atirados aos cães”. A carne e os ossos que restaram foram reduzidos a cinzas, até a última parcela, e foram jogadas finalmente no rio Ródano, para que não sobrasse nada de sua memória. ( Agostinho, O Cuidado Devido aos Mortos  cap. VI )

         John Wycliff foi o principal expoente de medidas reformadoras, e por isso é chamado de "Estrela d'Alva da Reforma".

 

 

                                                           John Huss (1373-1415)

 

Foi reitor na Universidade de Praga, na Boêmia (parte da antiga Tchecoslováquia). Pregou a Bíblia com autoridade. Suas pregações influenciou muita gente. Suas ideias foram consideradas heréticas, sendo obrigando a comparecer ao Concílio de Constança.

O movimento reformista na Boêmia iniciado por Huss, era apoiado pelos reis para limitar o poder da hierarquia eclesiástica associado a um desejo sincero de reforma que intentava corrigir os abusos da Igreja. Com o movimento, Huss pôde dar impulso à Reforma que pregava de púlpito. Na Capela de Belém (na Boêmia) deu continuidade a seus ideais relacionados à Reforma. foi proibido de pregar pelo papa, mas desobedeceu e permaneceu. Foi convocado pelo papa para comparecer a Roma. Recusou-se e foi excomungado. Mas como contava com o apoio dos reis e de quase toda a Boêmia, continuou pregando sobre a Reforma.

Opôs-se às indulgências, pois ninguém podia vender uma coisa que vem unicamente de Deus. Por ser considerado um herege, deixou Praga e refugiou-se no Sul da Boêmia, onde continuou trabalhando em favor da Reforma e escrevendo obras. Foi chamado a comparecer ao Concílio de Constança para defender-se pessoalmente. Para garantir sua segurança, contou com um salvo-conduto do imperador Sigismundo. Mas isso não impediu ao Papa João XXI de tratá-lo como um prisioneiro. Foi levado à assembléia acorrentado.

Mesmo possuindo um certificado do inquisidor da Boêmia, declarando sua inocência, foi acusado de herege. John Huss foi um pensador e reformador religioso. Ele iniciou um movimento religioso baseado nas ideias de John Wyclif. Os seus seguidores ficaram conhecidos como os Hussitas. A igreja católica não perdoou tais rebeliões e ele foi excomungado em 1410.

Foi encerrado na prisão. Seus inimigos queriam vê-lo vencido, pois sua execução seria uma mancha para o Concílio. Foi condenado pelo Concílio de Constança; Caso se retratasse no Concílio, estaria confessando ser um herege e condenando seus seguidores. Então, não o fez. Entregou sua causa a Jesus Cristo, o juiz Todo-Poderoso.

Por fim, foi levado à fogueira usando uma coroa de papel decorada com diabinhos e, no caminho, teve de ver seus livros sendo queimados. Em sua última oração, disse: “Senhor Jesus, por ti sofro com paciência esta morte cruel. Rogo-­te misericórdia por meus inimigos”. Huss morreu entoando salmos.

Ele foi um precursor do movimento protestante, a sua extensa obra escrita concedeu-lhe um importante papel na história literária Tcheca. Também é responsável pela introdução do uso de acentos na língua Tcheca por modo a fazer corresponder cada som a um símbolo único. Hoje em dia a sua estátua pode ser encontrada na praça central de Praga.          

 

 

 

William Tyndale (1494-1536)

 

 Nascido em 1494, na parte oeste da Inglaterra, Tyndale graduou-se na Universidade de Oxford em 1515, onde estudou as sagradas escrituras no hebraico e no grego. Aos trinta anos, fez uma promessa que haveria de traduzir a bíblia para o inglês para que todo o povo, desde o camponês até a corte real, pudesse ler e compreender as Escrituras em sua própria língua. Isso porque a Igreja Católica proibia severamente qualquer pessoa leiga de ler a bíblia. Segundo o clero, o povo simples não podia compreender as Sagradas Letras, por isso precisava de sua ajuda. A interpretação era feita segundo a sua conveniência, e para fins políticos e financeiros. Com esse desejo em seu coração, Tyndale partiu para Londres em 1523, buscando um lugar que pudesse dar início ao seu projeto.

Não sendo recebido pelo bispo de Londres, Humphrey Munmouth, um comerciante de tecido, lhe deu todo apoio necessário.            Em 1524, Tyndale foi obrigado a deixar a Inglaterra e partir para a Alemanha para dar continuidade ao seu trabalho. Essa mudança deveu-se às grandes perseguições que sofrera por parte da igreja católica.

A proibição da leitura da bíblia agravou-se de tal maneira que se uma criança recitasse a oração do “Pai Nosso” em inglês toda a sua família era condenada a ser queimada na estaca. Na Alemanha, ele se estabeleceu na cidade de Hamburgo e, provavelmente, conheceu Martinho Lutero, pois eram contemporâneos. Ambos traduziram o Novo Testamento baseado no Manuscrito Grego, compilado por Erasmo, em 1516.

William Tyndale concluiu a tradução do Novo Testamento em 1525. Quinze mil cópias em seis edições foram impressas pela proteção de Thomas Cromwell, vice-regente do rei Henrique VIII, e contrabandeadas por comerciantes para a 1nglaterra entre 1525 e 1530.

         As autoridades da igreja romana deram ordem para confiscar e queimar todas as cópias da tradução de Tyndale, porém eles não podiam parar o fluxo da entrada de bíblias vindas da Alemanha para a Inglaterra. Até mesmo na Escócia, mercadores escoceses estavam levando a bíblia para o seu povo.

O próprio William não podia regressar, à Inglaterra, pois estava sendo procurado e tido como fora-da-lei. A leitura de seus escritos e tradução do Novo Testamento haviam sido legalmente proibidas. Contudo, ele continuou suas revisões e correções até que sua edição final do Novo Testamento foi cumprida em 1535. Com esta conclusão, Tyndale iniciou a tradução do Velho Testamento, porém não viveu bastante a ponto de terminá-la.   

Tyndale traduziu o pentateuco, Jonas e alguns livros históricos. Em maio de 1535, foi preso e levado a um castelo perto de Bruxelas, onde ficou aprisionado por mais de um ano. Durante esse tempo, um de seus companheiros, Miles Coverdale, concluiu a tradução do Velho Testamento, baseada no trabalho de seu companheiro.

Chegou, porém, o dia do julgamento de Williarn Tyndale e ele foi condenado à morte por haver colocado as Escrituras na mão do povo inglês. No dia 6 de outubro de 1536, foi estrangulado e, em seguida, queimado na estaca. O ato ocorreu publicamente.

Estando já o senhor Tyndale no cárcere, lhe ofereceram um advogado e um procurador, o qual recusou, dizendo que ele faria sua própria defesa. Predicou de tal modo aos que estavam encarregados de sua custódia, e aos que estavam familiarizados com ele no castelo, que disseram dele que se não era um bom cristão, então não sabiam quem poderia sê-lo.

No final, após muitos arrazoamentos, quando nenhuma razão podia servir, embora não merecesse a morte, foi condenado em virtude do decreto do imperador, dado na assembléia de Augsburgo . levado ao lugar da execução, foi amarrado à estaca, estrangulado pelo verdugo, e depois consumido pelo fogo, na cidade de Vilvorde, em 1536. na estaca, clamou com um fervoroso zelo e grande protesto: "Senhor, abre os olhos do rei da Inglaterra!".


Um grande abraço na paz do Senhor Jesus!

Aldrain Lima