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Os Menonitas

Os Menonitas

 

                                       Os Menonitas

                             

Menno Simons (1496-1561) foi ordenado para o sacerdócio católico no mês de março de 1524, aos 28 anos de Idade. Durante os anos de estudo, conheceu bem muitos manuscritos antigos, especialmente os dos Pais da Igreja, como Tertuliano, Cipriano e Eusébio. Mas omitiu-se por completo de ler o maior de todos os livros: A Bíblia. Até depois de dois anos da sua ordenação para o sacerdócio, não se animou, com muita excitação a abrir as capas do volume proibido.

 

Por cerca de dois anos Menno esteve atormentado por dúvidas a respeito da missa, antes de encontrar algo que o orientasse. Finalmente decidiu procurar tranquilidade por meio de uma diligente investigação no Novo Testamento.

Esta decisão foi um dos grandes passos na vida de Menno. Com efeito, foi o passo decisivo que certamente o levaria a conversão final, pois o princípio fundamental da Reforma e do próprio Evangelho é que somente a palavra de Deus é a autoridade como fonte da verdade para fé e vida. A determinação de Menno Simons de buscar nas Escrituras para resolver as suas dúvidas a respeito da missa, não significava uma decisão de abandonar a autoridade da Igreja, pois provavelmente ele esperava encontrar nas Escrituras uma confirmação para os ensinos da Igreja.

O verdadeiro problema surgiu quando Menno, tendo decidido abrir a Bíblia, descobriu que não continha nenhuma das doutrinas tradicionais a respeito da missa. Por meio desta descoberta, o seu conflito secreto chegou ao clímax, pois foi compelido a decidir qual das duas autoridades seria suprema na sua vida: a Igreja ou as Sagradas Escrituras. Havia sido ensinado pela Igreja que não crer nas suas doutrinas significava morte eterna.

O que devia fazer? Afortunadamente, como ele próprio repete, encontrou ajuda nas obras de Martinho Lutero, pois este dizia que a violação dos mandamentos dos homens nunca pode conduzir a morte eterna. Quando Menno Simons aceitou o ponto de vista de Lutero e se atreveu a negar o dogma da transubstanciação, tal como o observa a Igreja Católica. Encontrou a forma de evadir-se das dúvidas e lutas, uma forma de libertar a sua consciência e a sua alma da morte eterna.

 

         Simons converteu-se em 1536. Viajou por  todo o Noroeste da Europa animando e apoiando aos perseguidos, por meio da pregação, bem como escrevendo tratados que defendiam a fé e estilo de vida que aqueles, que haviam abraçado a nova fé, levavam. Ainda sendo um sacerdote católico no princípio, Menno Simons se encontra fazendo perguntas a si próprio como nunca o havia feito antes.

E foi neste estado de ânimo que Menno se voltou à Deus com gemidos e lágrimas, clamando por graça e perdão, clamando por um coração puro e valentia para pregar o Seu santo nome e Palavra com toda a verdade. 

No relato da sua conversão Menno descreve a mudança de seu coração com as seguintes palavras:

“Meu coração tremia dentro de mim.  Rogava a Deus com lágrimas e gemidos que concedesse a mim, pobre e atribulado pecador, o dom da sua graça, e que criasse um coração limpo dentro de mim pelos méritos do precioso sangue de Cristo, que perdoasse a minha vida ímpia e egoísta e me investisse de sabedoria, sinceridade e valor para pregar o seu glorioso e bendito nome e a sua santa palavra sem adulterações e que manifestasse a sua verdade e a sua glória”.

 

O Senhor foi misericordioso com ele; a decisão foi feita e Menno surgiu depois desta experiência com o sentido de uma divina missão, a nova vida.

 

Foram três as razões da sua conversão ao “protestantismo”: A transubstanciação (conversão do pão no corpo de Cristo), o anabatismo (o segundo batismo), e o testemunho pessoal de seu irmão. Menno Simons escreveu quase duas dúzias de livros e, folhetos que foram de grande ajuda para a dispersa e às vezes confundida irmandade.

Se bem que, dizem muitos dos historiadores, Menno Simons não foi um grande teólogo, nem um grande escritor, nem um grande organizador, porém, foi um líder que pregou a Bíblia de forma autoritária e com clareza.  

 

Um grande abraço na paz do Senhor Jesus!

Aldrain Lima